segunda-feira, 3 de outubro de 2011

natimorto

Paradoxal ou ambivalente, o natimorto carrega em si a esperança única de nascer morto. Não há sopro, nem berro, apenas anunciação e óbito. Há de fato um preparo, uma existência enquanto feto que corresponde a uma expectativa de vida, que jamais se consagra.
Assim me despeço, sem dramas. Em luto, aguardando nova fecundação.