sábado, 30 de julho de 2011





"A eternidade sempre nos parece uma idéia que não se pode entender, algo enorme, enorme! Mas por que forçosamente enorme? E de repente, em vez de tudo isso, imagine só, lá existe um único quarto, alguma coisa assim como o quarto de banho da aldeia, enegrecido pela fuligem, com aranhas espalhadas por todos os cantos, e toda a eternidade se resume a isso. Sabe, às vezes me parece que vejo coisas desse tipo". 

Fiodór Dostoiévski 
"Crime e Castigo"


 
 Lucianna Mauren
foto: Juliana Meneses

domingo, 24 de julho de 2011




    Eram duas flores nuas aquelas moças.
   Engoliam o sol.
   Engoliam a chuva.
   Engoliam seus mundos.


   Suas raízes dançavam.
   Formavam saias com dentes
   Agarradas ao que se deixava agarrar

   Dançavam suas vidas caídas e suspensas
   saudosas de suas pétalas
   
   Se olhavam como tudo o que é igual
   sem ter mais do que se despir.



by, Lucianna Mauren 
foto: internet